terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ensinos escriturísticos a respeito da disciplina

Em Israel, os pecados involuntários podiam ser expiados por um sacrifício, mas os pecados cometidos “com mão alta” (voluntários ou intencionais) eram punidos com o extermínio. O cherem (a expulsão, ou aquilo que é amaldiçoado) não era somente uma punição eclesiástica; também era uma punição civil. Os incircuncisos, os leprosos e os impuros não tinham permissão para entrar no santuário, Lv 5.6; Ez 44.9. Foi só depois que Israel perdeu sua independência nacional e o seu caráter de assembléia religiosa se tornou mais proeminente, que a expulsão, que consistia na exclusão da assembléia, passou a ser uma medida de disciplina eclesiástica, Ed 10.8; Lc 6.22; Jo 9.22; 12. 42; 16.2. Jesus instituiu a disciplina na igreja quando deu aos apóstolos e, em conexão com a palavra destes, também à igreja em geral o poder de ligar e desligar, de declarar o que é proibido e o que é permitido, e de perdoar e reter pecados declarativamente, Mt 16.19; 18.18; Jo 20.23. E é somente porque Cristo deu este poder à igreja que ela pode exercê-lo. Várias passagens do Novo Testamento se referem ao exercício deste poder, 1 Co 5.2, 5, 7, 13; 2 Co 2.5-7; 2 Ts 3.14, 15; 1 Tm 1.20; Tt 3.10. Passagens como 1 Co 5.5 e 1 Tm 1.20 não se referem à disciplina normal,mas a uma medida só permitida aos apóstolos e que consistia em entregar o pecados a Satanás para punição física temporária, com o fim de lhe salvar a alma.
(Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg. 600)

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