sábado, 22 de setembro de 2012

O JUIZ E OS SEUS ASSISTENTES

Naturalmente, o juízo final, como todas as opera ad extra (obras externas) de Deus, é obra realizada pelo trino Deus, mas a Escritura a atribui particularmente a Cristo. Cristo, em Sua capacidade mediatária, será o futuro Juiz, Mt 25.31, 32; Jo 5.27; At 10.42; 17.31; Fp 2.10; 2 Tm 4.1. Passagens como Mt 28.18; Jo 5.27; Fp 2.9, 10, tornam mais que evidente que a honra de julgar os vivos e os mortos foi conferida a Cristo como Mediador como recompensa por Sua obra expiatória e como parte de Sua exaltação. Esta pode ser considerada como uma das honras culminantes da Sua realeza. Também em Sua capacidade de Juiz, Cristo está salvando o Seu povo de forma suprema: Completará a redenção deles, justificá-los-á publicamente, e removerá as últimas conseqüências do pecado. De passagens como Mt 13.41, 42; 24.31; 25.31, pode-se inferir que os anjos O assistirão nesta grande obra. Evidentemente, os santos, nalgum sentido, vão assentar-se e julgar com Cristo, Sl 149.5-9; 1 Co 6.2, 3; Ap 20.4. É difícil dizer o que isto envolve. Tem-se interpretado no sentido de que os santos condenarão por sua fé o mundo, assim como os ninivitas teriam condenado as cidades incrédulas dos dias de Jesus. Ou que eles meramente estarão presentes ao julgamento presidido por Cristo. Mas o argumento de Paulo em 1 Co 6.2, 3 parece exigir mais do que isso, pois nenhuma das duas interpretações sugeridas provariam que os coríntios eram capazes de julgar as questões surgidas na igreja. Embora não se possa esperar que os santos conheçam todos os que haverão de comparecer no juízo e distribuam as penas impostas, todavia, terão alguma parte ativa no juízo de Cristo, embora seja impossível dizer precisamente o que será isso.
(Berkhof, L – Teologia Sistemática)

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