segunda-feira, 27 de agosto de 2012

RELATO DA CRIAÇÃO - O terceiro dia

A separação é levada avante ainda com a separação entre o mar e a terra seca, cf. Sl 104.8. Em acréscimo a isso, foi estabelecido o reino vegetal de plantas e arvores. Três grandes classes de vegetais são mencionadas, a saber, deshe’, isto é plantas que não dão flores, que não frutificam umas das outras da maneira usual; ’esebh, consistindo de vegetais e grãos que dão semente; e ’ets peri ou arvores frutíferas, que dão frutos segundo a sua espécie. Deve-se notar aqui: (1) Que, quando Deus disse, “Produza a terra relva” etc., isso não equivale a dizer: Desenvolva-se a matéria inorgânica, por sua própria energia inerente, tornando-se vida vegetal. Foi uma palavra de poder pela qual Deus implantou o principio de vida na terra, e assim capacitou-a a produzir relva, ervas e árvores. Gn 2.9 evidencia que se trata de uma palavra criadora. (2) Que a declaração, “A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie, e arvores que davam fruto, cuja semente estava nele, conforme a sua espécie” (vers. 12), favorece definitivamente a idéia de que as diferentes espécies de plantas foram criadas por Deus, e não que se desenvolveram umas das outras. Cad qual produzia semente segundo a sua espécie e, portanto, só podia reproduzir a sua espécie. A doutrina da evolução nega, naturalmente, ambas estas asserções; mas devemos ter em mente que tanto a geração espontânea como o desenvolvimento de uma espécie provindo doutra, são suposições não provadas e, hoje em dia, grandemente desacreditadas.
(Teologia Sistemática – Louis Berkhof)

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