sexta-feira, 27 de junho de 2014

A Natureza Essencial da Regeneração

Relativamente à natureza da regeneração, há diversos conceitos errôneos que devem ser evitados. Podemos muito bem mencionar primeiro estes, antes de expor as qualificações positivas desta obra recriadora de Deus.
1. CONCEITOS ERRÔNEOS. (a) A regeneração não é uma mudança ocorrida na substância da natureza humana, como o ensinavam os maniqueus e, nos dias da Reforma, Flácio Illírico, que concebiam o pecado original como uma substância, a ser substituída por outra substância na regeneração. Nenhuma nova semente física, nenhum germe físico é implantado no homem: tampouco há qualquer adição ou subtração às faculdades da alma. (b) Também é simplesmente uma mudança ocorrida numa ou mais faculdades da alma, como, por exemplo, da vida emocional (sentimento ou coração), pela remoção da aversão às coisas divinas, como alguns conservadores a concebem; ou do intelecto, pela iluminação da mente que se acha obscurecida pelo pecado, como a consideram os racionalistas. Ela afeta o coração, compreendido no sentido bíblico da palavra, isto é, como o órgão central e totalmente dominante da alma, do qual “procedem as fontes da vida” (Pv 4.23). quer dizer que a regeneração afeta a natureza humana em sua totalidade. (c) Também não é uma mudança completa ou perfeita da natureza total do homem, ou de alguma parte dela, de sorte que ela não é mais capaz de pecar, como o ensinavam os anabatistas extremos e algumas outras seitas fanáticas. Não significa que, em princípio, ela não afeta a natureza inteira do homem, mas somente que não constitui a mudança completa, que é produzida no homem pela operação do Espírito Santo. Ela não abrange a conversão e a santificação.
(Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg. 464)

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