segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

EXTENSÃO DO BATISMO A FILHOS DE DESCRENTES

Naturalmente, só os filhos pequenos dos crentes são os objetos próprios do batismo de crianças. Todavia, o círculo tem-se ampliado de várias maneiras. (1) Os católicos romanos e os ritualistas da Igreja Anglicana partem da suposição de que o batismo é absolutamente essencial para a salvação, visto comunicar uma graça que, segundo eles, não pode ser obtida doutro modo. Daí, consideram seu dever batizar todas as crianças ao seu alcance, sem inquirir coisa alguma quanto à condição espiritual dos seus pais. (2) Alguns chamam a atenção para o fato de que a promessa se aplica aos pais, aos filhos e aos filhos dos filhos, até à milésima geração, Sl 105.7-10; Is 59.21; At 2.39. Em vista destas promessas, eles sustentam que as crianças cujos pais deixaram a igreja, não perderam por isso os seus privilégios como filhos da aliança. (3) Existem aqueles que exteriorizam a aliança, comensurando-a com o estado numa igreja-estado. Uma criança inglesa tem, nessa qualidade, igual direito ao batismo e à proteção do estado, independentemente da questão se os pais são crentes ou não. (4) Alguns assumiram a posição segundo a qual o fato de os pais serem batizados assegura aos seus filhos o direito ao batismo. Eles consideram a relação pessoal dos pais com a aliança como deveras insubstancial. Ocasionalmente as igrejas agiam em função desse princípio, e finalmente abrigaram uma classe de membros que não assumiam pessoalmente a responsabilidade da aliança, e, todavia, buscavam o selo da aliança para os seus filhos. Na Nova Inglaterra isto se tornou conhecido como aliança do meio caminho. (5) Finalmente, tem-se aplicado o princípio da adoção, com o fim de se obter batismo para crianças que doutro modo não teriam direito de recebe-lo. Se os pais não eram aptos ou não estavam dispostos a garantir a educação cristã dos seus filhos, outros podiam apresentar-se para garanti-la. Buscava-se a principal base para isto em Gl 17.12.
QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA: 1. Quais os diferentes sentidos da palavra bapto, baptizo e louesthai? 2. João Batista batizava por imersão? 3. O eunuco (At 8.38,39) foi batizado desse modo? 4. O Novo Testamento acentua nalgum lugar a necessidade de um modo particular de batismo? 5. A doutrina do pedobatismo é bíblica? 6. Sua veracidade alguma vez foi questionada antes da Reforma? 7. Que explica o surgimento da negação anabatista ao tempo da Reforma? 8. Qual é o conceito batista da aliança com Abraão? 9. Como eles explicam Rm 4.11? 10. Que dizem os nossos padrões confessionais quanto à base sobre a qual se batizam crianças? 11. Qual é a posição de Calvino com relação à base sobre a qual se batizam tanto crianças como adultos? 12. Que perigos práticos estão ligados à doutrina da regeneração presuntiva? 13. Que dizer da posição de Dabney segundo a qual o batismo é um sacramento para o pai e igualmente para o filho?
BIBLIOGRAFIA PARA CONSULTA: Bavinck, Geref. Dogm. IV, p. 543-590; Kuyper, Dict. Dogm., De Sacramentis, p. 82-157; id., E Voto II, p. 499-566; III, p. 5-68; Hodge, Syst.Theol. III, p. 526-611; Dabney, Syst. and Polem. Theol., p. 728-799; Dick, Theology, Lectures LXXXVIII – LXXXIX; Litton, Introd. To Dogm. Theol., p. 444-464; Vos, Geref. Dogm., DeGenademiddelen, p. 36-134; ibid., De Verbondsleer in de Geref. Theol..; Strong, Syst. Theol., p. 930-959; Hovey, Manual of Theol. and Ethics, p. 312-333; Pieper, Christl. Dogm. III, p. 297-339; Schimid, Doct. Theol. of the Ev. Luth. Church, p. 540-558; Valentine, Chr. Theol. II, p.305-335; Mueller, Chr. Dogm., p. 486-505; Wilmers, Handbook of the Chr. Rel., p. 314-322; Schaff, Our Father´s Faith and Ours, p. 315-320; Pope, Chr. Theol. III, p. 311-324; Lambert, The Sacraments in the New Testament, p. 36-239; Wilson, On Infant Baptism; Carson, on Baptism; Ayres, Christian Baptism; Seiss, The Baptist System Examined; Armstrong, The Divine Life in the Church; White, Why Are Infants Baptized; Bannerman, The Church of Christ II, p. 42-127; Kramer, Het Verband tusschen Doop en Wedergeboorte; Wall, History of Infant Baptism; Wielenga, Ons Doopsformulier; Schenck, The Presbyterian Doctrine of Children in the Covenant.
(Berkhof, L – Teologia Sistemática pg.648)

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