terça-feira, 22 de janeiro de 2013

UNIÃO SACRAMENTAL ENTRE O SINAL E QUILO QUE É SIGNIFICADO

Geralmente se lhe chama forma sacramenti, forma dos sacramentos (forma significando aqui essência), porque é exatamente a relação entre o sinal e a coisa significada que constitui a essência do sacramento. Segundo o conceito reformado (calvinista), esta (a) não é física, como pretendem os católicos romanos, como se a coisa significada fosse inerente ao sinal e o recebimento da matéria externa incluísse necessariamente a participação na matéria interna; (b) nem local, como a descrevem os luteranos, como se o sinal e a coisa significada estivessem presentes no mesmo espaço, de sorte que tanto os crentes como os incrédulos recebessem o sacramento completo ao receberem o sinal; (c) mas espiritual, ou como o expressa Turretino, moral e relativa, de modo que, quando o sacramento é recebido com fé, a graça de Deus o acompanha. Conforme este conceito, o sinal externo torna-se um meio empregado pelo Espírito Santo na comunicação da graça divina. A estreita relação existente entre o sinal e a coisa significada explica o emprego daquilo que geralmente se chama “linguagem sacramental”, na qual o sinal é mencionado em lugar da coisa significada, ou vice-versa, Gn 17.10; At 22.16; 1 Co 5.7.
(Berkhf, L – Teologia Sistemática pg 620)

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